segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PARTO NA REDE PÚBLICA


Oi Pessoal!!!
Já relatei anteriormente o meu parto (olha a foto aí do lado), que foi pelo SUS, mas agora volto a escrever sobre o assunto para fazer algumas considerações, pois quando estava grávida procurei nesses sites de bebês sobre a hora do parto e só achava matérias sobre parto na rede privada, tudo lindo, programado e sem transtornos.
Eu fiz todo o meu pré natal no posto de saúde e de maneira geral foi bom. A primeira consulta foi com um ginecologista super grosso, eu fiz uma pergunta a ele (não lembro qual) e ele me deu uma resposta de forma muito grossa, então resolvi mudar de GO.
Na segunda consulta com o novo GO eu me senti muito melhor, tratada de forma mais acolhedora e tranquilizadora, ele respondeu todas as minhas dúvidas e sempre dava conselhos. E as consultas dele sempre duravam mais que 10 minutos (pois muitos profissionais te examinam em tempo record).
Se você pretende fazer pelo SUS é o seguinte:
  • Tenha paciência! Passei horas e horas pra pegar a ficha médica e esperar o médico chegar de seus outros compromissos. Vejam bem a ineficiência do sistema: na consulta anterior eles já deixam marcada uma data e hora para você retornar. Certo! Na data marcada você volta na hora marcada, mas se você não chegar antes da hora marcada é bem capaz de não ter mais vaga, aff... Aí se tudo correr bem as atendentes colocam seu nome no caderninho e pedem para você pacientemente aguardar o médico chegar. Era assim, elas marcavam pra gente ir lá e dar o nome às 8 da manhã e o médico só começava a atender às 9:30, mas ele sempre se atrasava. Em resumo, eu saia de casa às 7:30 e só voltava pra casa depois das 11 da manhã, quando eu era uma das primeiras da fila.
  • Tenha mais paciência e disposição pra andar! Depois da primeira consulta o médico pediu uma série de exames (tipo sanguíneo, HIV, hepatite, toxoplasmose, hemograma, urina, fezes, etc). EXIJA OS EXAMES CASO SEU MÉDICO NÃO PEÇA! Como o SUS não tem um sistema eletrônico integrado entre suas unidades (pelo menos aqui na minha cidade) lá vamos nós atrás dos exames, e eles jogam a gente de um lado pro outro, mas no fim consegui mais rápido do que eu imaginava! Consegui fazer todos os exames e ultrassons pelo SUS! Você tem direito a esses exames, e tem prioridade!
  • As consultas são 1 vez por mês, portanto se surgir uma emergência é preciso ir até o hospital e se consultar com o plantonista.
  • No final da gravidez, quando recomenda-se que sejam feitas consultas de 15 em 15 dias, as consultas não tem essa regularidade. Então nessa fase fiquei muito insegura e acabei indo pro hospital antes da hora pra saber se estava tudo bem com o bebê.
Quando fui pro hospital já estava com 40 semanas, e pelo menos fui atendida mais rápido do que de costume. Não conhecia ainda a maternidade e lá dentro é assim: você vai dividir um quarto com no mínimo mais uma pessoa. Não tem banheira, bola, luzes coloridas no teto, música ambiente, nada dessas coisas para deixar sua hora menos dolorida rsrs. O bebê fica junto com você desde que ele nasce, salvo nos casos em que ele vai pra incubadora.
Os médicos só pedem sua internação se você tiver mais de 3 cm de dilatação, ou se algo grave estiver acontecendo. Caso contrário vão te mandar de volta pra casa. No hospital da minha cidade eles não costumam dar nenhum medicamento para acelerar o parto e em hipótese alguma tem anestesia para partos normais. Eu tentei um PN, mas não tive passagem e acabei indo pra cesárea.
Enquanto aguardava o parto normal, nenhum médico foi ao quarto, apenas as enfermeiras passavam por lá de vez em quando pra medir a pressão e temperatura.
Uma coisa que achei terrível na maternidade foi o barulho que se fazia naquele lugar. Enfermeiras e médicos falando alto, pessoal da limpeza que trombava na cama e fazia tudo sem a menor delicadeza, como se não houvessem bebezinhos que precisavam de um lugar calmo e tranquilo. Como disse o meu namorido: "isso aqui parece um buteco!" kkkkkk
Enquanto estiver internada você pode ter um acompanhante por vez, mas o coitado vai ficar sentado numa cadeirinha dura e desconfortável.
A comida não é lá grandes coisas, e o jantar era uma sopa com o que sobrou do almoço, ecaaa!

Reclamações a parte, não posso negar que o atendimento que tive foi muito melhor do que muitas mulheres Brasil a fora vem tendo nessa hora tão esperada! Fico indignada como as pessoas são desamparadas pelos profissionais da saúde, que nessa hora deveriam nos transmitir calma e conforto. Sei também que em muitos locais as condições de trabalho não ajudam, mas e onde as coisas estão de certa forma mais favoráveis ao trabalho dos médicos, qual a justificativa para tanto descaso?

Aqui seguem os links com os direitos da gestante:
http://www.nieg.ufv.br/docs/materialUsuarias.pdf (cartilha com direitos da gestante)
http://www.e-familynet.com/pages.php/PT/000/direitopar.htm (Direitos da gestante na hora do parto).

Espero ter ajudado de alguma forma!
Bjos e boa sorte!







beleza no pós parto

Pós-parto: 10 minutinhos de cuidados para você
Para muitas mulheres, é difícil voltar a cuidar de si mesma após a maternidade. Essa barreira precisa ser quebrada. Por que não começar com dez minutos por dia fazendo algo para você? Veja dez dicas simples, mas que vão fazer diferença na sua rotina.
Por Fabiana Faria
1. Um banho bem tomado
Depois que nos tornamos mães, tomar um banho longo e delicioso vira luxo. Tire dez minutos para tomar aquela ducha relaxante, prestando atenção em cada parte do seu corpo. Você reorganiza as ideias e começa a cuidar de si novamente, no pos parto. Sem contar que você elimina aquele cheiro de leite, que fica impregnado durante a amamentação. A dica é começar o banho esfoliando a pele. Misture um creme esfoliante com um óleo de amêndoa, framboesa ou rosa-mosqueta para evitar o ressecamento. Comece a esfoliação, dos pés para a cabeça, em movimentos circulares, como se estivesse fazendo uma drenagem. Retire a mistura com água morna e, após o banho, passe um creme hidratante. Se não quiser esfoliar a pele, passe, somente, um óleo com um massageador corporal.
2. Cuide dos pés
O seu pezinho é uma das partes do corpo que mais sofrem com a maternidade. Fazer um escalda-pés e uma automassagem melhora (e muito) a sua qualidade de vida. Ferva a água e coloque em uma bacia com 1 colher de sobremesa de sal refinado ou grosso. Para relaxar ainda mais, coloque 2 gotinhas de óleo essencial de lavanda. Acrescentar 2 gotas de alecrim ajuda a recuperar a força no pós-parto. Passe um creme nas cutículas e um óleo nas unhas e mergulhe-os na água por alguns minutos. Seque os pés e comece a massagem, com as mãos lambuzadas de óleo de banho, no sentido dos dedos para o tornozelo. Isso ajuda a circulação. Dedique-se a cada dedo e aperte bem a sola dos pés, como se você fosse amassar um pão, com muito carinho. Enrole os pés em um papel filme por 2 minutinhos para que o creme penetre na pele. Eles ficarão novos!
3. Faça uma refeição sem pausa
Comer bem vira objeto de luxo quando se tem um bebê em casa. Mas é muito importante fazer uma refeição tranquila, de vez em quando. O alimento quentinho conforta e dá aconchego. A dica aqui não é, necessariamente, sentar-se para fazer uma super-refeição, com entrada, prato principal e sobremesa. Mas é legal pensar que um sanduíche de queijo é mais gostoso quentinho do que frio e que é bacana você comer tudo até o final e deixar que o maridão pegue o bebê, caso ele chore.
4. Coloque o papo em dia
Está cansada de só falar sobre o universo maternal? Por que não ligar para aquela amiga que não tem filhos e saber das notícias do “mundo lá fora”? Com certeza, ela também vai querer saber todas as novidades sobre sua nova vida no pós-parto. E qual é a mãe que não tem vontade de contar tudo o que o filhote faz? Em alguns momentos, conversar com uma amiga querida estabelece uma conexão com o mundo e isso faz você retomar, aos poucos, sua identidade, agora como mãe.
5. Leia algumas páginas daquele livro espetacular ou da sua revista preferida
Talvez você não consiga ler por mais de dez minutos, mesmo. Ou porque o neném não vai “deixar”, ou porque você não vai ter concentração para isso. Mas, se você ama livros e revistas, retome esse hábito aos poucos. Você pode começar por livros de contos ou leitura de blogs... Experimente!
6. Alongue o corpo
O bebe dormiu ou está brincando no cercadinho? Aproveite para se alongar e tirar um pouco da ferrugem pós-parto. O alongamento ajuda a relaxar as costas e tirar o peso das pernas e dos braços. Sente-se em posição de borboleta e estique o corpo para a frente. Fique em posição ereta e alongue o corpo até colocar as mãos nos pés. É revigorante!
7. Massageie a si mesma
O corpo da mulher fica realmente muito cansado no pós-parto. Durante o dia, você pode fazer pequenas paradas para sessões de automassagem. Para aliviar dores nas mãos, pressione a região entre o dedo indicador e o polegar. Se o desconforto for nos braços, aperte a região peitoral com a mão e pare, repetidamente. Se tiver dor de cabeça, pressione, com o polegar, a região da mandíbula até aliviar a sensação dolorosa.
8. Faça exercícios de respiração
Respirar é tão automático que a gente nem presta atenção no quão importante esse mecanismo é. Quem ainda é iniciante nas técnicas de respiração deve inspirar o ar projetando o abdômen para a frente, pensando em encher a parte baixa dos pulmões. Retenha o ar por alguns segundos e expire. Se quiser ganhar energia, respire rapidamente. Use apenas a parte baixa do pulmão, inflando a barriga. Inspire e expire o ar com força, repetindo o exercício por cerca de 1 minuto. Se sentir vertigem, pare e respire normalmente. Algumas pessoas são mais sensíveis, por isso devem se manter sentadas.
9. Escreva! Coloque as suas emoções para fora
Para algumas pessoas, escrever é uma ótima forma de externar os sentimentos e organizar as ideias. Se você é desse time, fazer um diário ou atualizar o livro do bebê é uma ótima forma de se distrair e ter um tempo seu. Caso você seja ligada em internet, criar um blog pode ser uma experiência gratificante. Além de desabafar, é possível compartilhar seus sentimentos com outras mães, que irão ler seu conteúdo e comentar suas experiências.
10. Coloque o bebê para dormir e namore!
É claro que namorar pode (e deve) durar mais do que dez minutos! O importante é não se esquecer do quanto é delicioso retomar a vida sexual com o maridão no pós-parto. Mas não estamos falando só de sexo. Você se lembra da última vez que ficou abraçadinha com ele, no sofá, assistindo a um filme?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

8 fatos sobre o sono do bebê

Oi pessoas!!! Copiei esse texto de uma amiga do e-familynet.com, achei muito bom e porrisso vou colocá-lo aqui... Acabei mudando minhas idéias depois de ler o texto e também por causa das experiências nesse primeiro mês de vida da Mariazinha.


Para melhor entender como tornar possível que você e seu bebê apreciem a hora de ir dormir e permaneçam dormindo, aqui vão alguns princípios do sono que todo pai/mãe recentes precisam entender.

1. Como você dorme - Depois de vestir-se ou despir-se para ir para a cama, a maioria dos adultos relaxa para o sono ao executar vários rituais noturnos: leitura, música, TV ou sexo. Quando você adormece, os centros elevados no cérebro começam a descansar, ossibilitando a você entrar nos estágios de sono profundo chamados "não-REM" (REM da sigla em inglês para movimentos rápidos dos olhos), ou sono profundo (também chamado de sono tranqüilo). Sua mente e seu corpo estão mais tranqüilos durante esse estágio do sono. Seu corpo está parado, sua respiração está superficial e regular, seus músculos estão soltos e você está "chapado". Depois de uma hora e meia nesse estágio de sono tranqüilo, seu cérebro começa a "despertar" e começa a trabalhar, o que tira você do sono profundo, trazendo-o para o sono leve ou sono ativo, chamado de sono REM (movimento rápido dos olhos). Durante esse estágio do
sono seus olhos realmente se movem sob suas pálpebras enquanto seu cérebro se exercita. Você sonha e começa a se mexer e talvez até arrume as cobertas sem estar totalmente acordado. É durante esse estágio do sono que você talvez acorde para ir ao banheiro, para depois retornar à cama e mergulhar num sono profundo. Estes ciclos alternados de sono leve e profundo continuam a cada duas horas ao longo da noite, então um adulto típico pode ter uma média de seis horas em sono tranqüilo e duas horas em sono ativo. Portanto,você não dorme profundamente a noite toda, embora talvez sinta como se dormisse.

2. Como bebês iniciam o sono - Você está embalando, caminhando ou amamentando seu bebê e as pálpebras dele começam a fechar assim que ele adormece em seus braços. Os olhos dele fecham-se completamente, as pálpebras continuam a tremer e a respiração ainda é irregular. As mãos e braços estão flexionados, e ele pode se assustar, contrair os músculos e sorrir rapidamente, é o chamado "sorriso do sono". Ele talvez continue a sugar com a boca tremendo. Assim que você dobra seu corpo para colocar seu bebê "adormecido" no berço e tentar sair silenciosamente de perto, ele acorda e chora. Isso acontece porque ele não estava completamente adormecido. Ele estava ainda naquele estágio de sono leve quando você o colocou no berço. Agora tente novamente seu ritual noturno, mas continue por mais tempo (cerca de 20 minutos a mais). Você vai notar que o bebê pára de sorrir e de contrair-se; a respiração dele torna-se mais regular e superficial, os músculos completamente relaxados. Os punhos fechados abrem-se e os braços e pernas ficam pendurados como se não tivessem peso algum. Martha e eu
chamamos isso de "membros bambos", um sinal de sono profundo. O bebê agora está num sono mais profundo, permitindo que você o coloque no berço e saia de perto, suspirando aliviado e satisfeito porque seu bebê finalmente está descansando confortavelmente.

LIÇÃO NÚMERO 1 PARA OS PAIS NA HORA DE DORMIR: Bebês precisam dos pais para
dormir, não podem simplesmente ser postos para dormir. Alguns bebês podem ser colocados no berço sonolentos mas ainda acordados e cair no sono por si sós, outros precisam de ajuda dos pais, sendo embalados ou amamentados para dormir.
A razão é que, enquanto adultos podem geralmente ir direto para o estágio de sono profundo, bebês nos seus primeiros meses de vida caem no sono através de um período inicial de sono leve. Depois de 20 minutos ou mais eles gradualmente entram no sono profundo, do qual eles não são tão facilmente despertados. Como você provavelmente sabe por experiência própria, se você tentar apressar seu bebê para colocá-lo na cama enquanto ele ainda está no estágio inicial de sono leve, ele geralmente acorda. Muitos pais e mães me dizem: "Meu bebê precisa estar completamente adormecido antes que eu possa colocá-lo no berço." Em alguns meses, alguns
bebês podem cair num sono profundo mais rapidamente, ultrapassando o longo estágio de sono leve. Aprenda a reconhecer os estágios de sono do seu bebê. Espere até que seu bebê esteja num sono profundo antes de mudá-lo de um lugar para outro, como da sua cama para o berço ou da cadeirinha do carro para cama/berço.

3. Bebês têm ciclos de sono mais curtos que você. Permaneça em pé ao lado do seu bebê adormecido e observe enquanto ele dorme. Cerca de uma hora depois que ele adormece, ele começa a se encolher, revira-se um pouco, suas pálpebras mexem, ele esboça um sosrriso, sua respiração torna-se irregular, seus músculos contraem-se. Ele está novamente entrando na fase de sono leve. O tempo de transição entre sono profundo e sono leve é um período vulnerável
durante o qual muitos bebês vão acordar se houver algum estímulo desconfortável ou irritante, como fome. Se o bebê não acordar, ele permanecerá neste período de sono leve durante os próximos 10 minutos e retorna novamente para o sono profundo. Os ciclos de sono dos adultos
(passagem de sono leve para profundo e depois de volta ao sono leve) duram em média 90 minutos. Os ciclos de sono dos bebês é mais curto, durando 50 a 60 minutos, então eles vivenciam um período vulnerável para acordar no meio da noite a cada hora ou até menos. Quando seu bebê entra no ciclo de sono leve, se você colocar uma mão carinhosa nas costas dele e cantar uma cantiga de ninar calma, ou somente permanecer ao lado do bebê se ele estiver na sua cama; você pode ajudá-lo a superar esse período de sono leve sem acordar.

LIÇÃO NÚMERO 2 PARA OS PAIS NA HORA DE DORMIR: Alguns bebês precisam de
ajuda para adormecerem novamente.
Alguns bebês "auto-suficientes" podem superar o período vulnerável sem despertarem completamente e se eles acordam, eles podem retornar ao sono profundo sozinhos. Outros bebês precisam de uma mão carinhosa, uma voz ou o seio da mãe para retornar ao sono profundo. A partir destas diferenças únicas no ciclo de sono, aprendemos que um dos objetivos da atuação dos pais na hora de colocar os bebês para dormir é criar um ambiente que auxilie o
bebê a superar o período vulnerável e retornar ao sono profundo sem acordar.

4. Bebês não dormem tão profundamente quanto você. Não só os bebês levam mais tempo para adormecer como também têm períodos vulneráveis para acordar com mais freqüência; eles têm duas vezes mais períodos de sono ativo ou leve que os adultos. À primeira vista, isso parece injusto com os pais cansados depois de um longo dia de cuidados com o bebê. Entretanto, se você considerar o princípio de desenvolvimento por trás da forma como os bebês dormem - ou não - por uma razão vital, pode parecer mais fácil para você compreender as necessidades do seu bebê na hora de adormecer e desenvolver um estilo de "hora de dormir" que ajude mais do que prejudique os ritmos naturais de sono do bebê. É aqui que aparecem os meus conflitos com os "treinadores de sono" modernos que recomendam uma variedade de técnicas e apetrechos para ajudar o bebê a dormir mais profundamente durante a noite - há um preço, e talvez, um risco.

5. Acordar durante a noite traz benefícios à sobrevivência. Nos primeiros meses de vida, as necessidades do bebê estão no limite máximo, mas sua habilidade de comunicá-las é mínima. Suponhamos que um bebê permanece profundamente adormecido durante a maior parte da noite. Algumas necessidades básicas iriam permanecer não supridas. Bebês novinhos têm estômagos diminutos e o leite materno é digerido muito rapidamente. Se o estímulo de fome do bebê não o acordasse facilmente, isso não seria bom para sobrevivência dele. Se um nariz entupido e uma dificuldade respiratória, ou um ambiente frio o incomodassem e o estado de sono estivesse tão profundo que ele não pudesse comunicar tais necessidades, a sobrevivência dessa criança estaria em jogo.
Uma coisa que aprendemos durante nossos anos em pediatria é que bebês fazem o que fazem porque eles foram programados dessa forma. No caso do sono do lactente, pesquisas sugerem que o sono ativo protege os bebês. Imagine que seu bebê dormisse como um adulto, o que significaria o predomínio do sono profundo. Parece maravilhoso ! Para você, talvez, mas não para o bebê. Imagine que o bebê tivesse necessidade de calor, comida, ou uma via aérea desobstruída, mas porque ele estivesse dormindo tão profundamente ele não pudesse despertar e reconhecer ou agir para ter suas necessidades supridas.
O bem-estar do bebê estaria ameaçado. Parece que bebês nascem programados com padrões de sono que possibilitam acordar em resposta a circunstâncias que ameaçam seu bem-estar. Nós acreditamos e pesquisas respaldam que os estágios freqüentes de sono REM servem ao melhor interesse psicológico dos bebês durante os primeiros meses, quando seu bem-estar está mais ameaçado.

LIÇÃO NÚMERO 3 PARA OS PAIS NA HORA DE DORMIR: Encorajar um bebê a dormir
profundamente demais, cedo demais, pode não servir ao melhor interesse de sobrevivência e desenvolvimento do bebê. É por isso que novos pais, vulneráveis aos apelos dos "treinadores do sono" para conseguir que seus bebês durmam a noite, não devem se sentir pressionados a conseguir que seus bebês durmam por tempo demais, profudamente demais, cedo demais.

6. Acordar durante a noite tem seus benefícios em termos de desenvolvimento. Pesquisadores do sono acreditam que bebês dormem de forma mais "inteligente" que os adultos. Eles teorizam que o sono leve ajuda o cérebro a desenvolver-se porque este não descansa durante o sono REM. De fato, o fluxo sangüíneo até o cérebro quase dobra durante o sono REM. (Esse aumento
de fluxo sangüíneo é particularmente evidente na área do cérebro que controla automaticamente a respiração). Durante o sono REM o corpo aumenta a sua produção de certas proteínas nervosas, os "tijolos" de construção do cérebro. Acredita-se que a aprendizagem também ocorra durante o estágio ativo de sono. O cérebro pode usar esse momento para processar informações
adquiridas enquanto desperto, armazenando o que é benéfico ao indivíduo e descartando o que não é. Alguns pesquisadores do sono acreditam que o sono REM age para auto-estimular o cérebro em desenvolvimento, provendo imagens benéficas que promovem o desenvolvimento mental. Durante o estágio de sono leve, os centros mais elevados do cérebro permanecem operando, mas durante o sono profundo esses centros são desligados e o bebê é mantido através dos centros inferiores do seu cérebro. É possível que durante o estágio de crescimento rápido do cérebro (o cérebro dos bebês cresce até cerca de 70% do volume adulto durante os primeiros 2 anos), o cérebro precise continuar funcionando durante o sono para desenvolver-se. É interessante notar que prematuros passam ainda mais tempo do seu sono (aproximadamente 90%) em REM, talvez para acelerar o crescimento cerebral. Como se pode ver, o período da vida quando humanos dormem mais e o seu cérebro se desenvolve mais rapidamente é também aquele em que eles têm o sono mais ativo. Certa vez, quando eu estava explicando a teoria do sono leve que desenvolve o cérebro dos bebês, uma mãe cansada de um bebê muito alerta deu uma
gargalhada e disse "se isso é verdade, meu bebê vai ser muito inteligente".

7. À medida em que crescem, os bebês atingem a maturidade do sono. "Okay", você diz, "eu entendo o planejamento do desenvolvimento, mas quando meu bebê vai dormir durante a noite toda ?" A idade na qual os bebês se acomodam - o que significa quando eles adormecem rapidamente e permanecem adormecidos varia enormemente entre os bebês. Alguns adormecem facilmente, mas não permanecem adormecidos. Outros adormecem com dificuldade mas permanecem adormecidos. Outros bebês que provocam exaustão nem querem adormecer nem
permanecem adormecidos.
Nos primeiros 3 meses de vida, bebezinhos raramente dormem por mais que 4 horas seguidas sem precisarem de uma mamada. Bebezinhos novinhos têm estômagos diminutos. Mesmo assim, eles dormem um total de 14-18 horas por dia. Entre 3 a 6 meses de idade, a maioria dos bebês começa a se acomodar. Eles estão acordados por períodos maiores durante o dia e alguns podem até dormir por 5 horas seguidas durante a noite. Entre 3 a 6 meses, esteja preparado para uma ou duas levantadas durante a noite. Você também verá que o período de sono profundo aumenta. Os períodos vulneráveis para acordar durante a noite diminuem e os bebês são capazes de entrar num sono profundo mais rapidamente. Isso é chamado maturidade do sono.

LIÇÃO NÚMERO 4 PARA OS PAIS NA HORA DE DORMIR: Um fato importante a ser
lembrado é que os hábitos de sono de seu bebê são mais um retrato do temperamento do seu bebê do que o estilo de seus pais colocarem-no para dormir. Tenha em mente que outros pais geralmente exageram quanto à quantidade de horas que os bebês deles dormem, como se isso fosse um distintivo de "bons pais", quando na verdade não é. Não é por sua culpa que o bebê acorda.

8. Bebês ainda acordam. Há uma variação entre os bebês sobre quando eles amadurecem para esses padrões de sono semelhantes ao de adultos. Entretanto, apesar de os bebês atingirem essa maturidade do sono entre a segunda metade do primeiro ano de vida, muitos ainda acordam. O motivo ? Estímulos dolorosos, como resfriados e dores da erupção dos dentes, tornam-se mais freqüentes. Acontecimentos importantes no desenvolvimento, como sentar, engatinhar, caminhar, levam os bebês a "praticarem" suas novas habilidades enquanto dormem. Então entre um e dois anos de idade, quando o bebê começa a dormir durante os estímulos para acordar acima mencionados, outras causas levam-no a acordar durante a noite, como ansiedade de separação e pesadelos.
Mesmo compreendendo o porquê de bebês terem uma tendência a acordar durante a noite, conclui-se que é importante tanto para pais quanto para os bebês terem uma noite de sono reparador, senão bebês, pais e seu relacionamento não vão vingar .

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Choros do bebê

Como disse antes, no livro " A encantadora de bebês" ela lista uma série de sinais do bebê que podem ajudar a interpretar o choro do pequeno. Copiei essa tabela do livro:

LINGUAGEM CORPORAL

CABEÇA

TRADUÇÃO

Move-se de um lado para outro

Cansado

É afastada do objeto

Precisa de mudança de ambiente

Vira para os lados e estende o pescoço (boca bastante aberta)

Com fome

Se o bebê está ereto, a cabeça pende, como alguem que pega no sono no metrô

Cansado

OLHOS


Vermelhos, congestionados

Cansado

Abrem-se lemtamente e depois mais rápido, entao, fecham-se da mesma forma várias vezes

cansado

“o olhar 7 milhas”: olhos abertos, frios, como se fossem presos por palitos

Muito cansado/ superestimulado

BOCA/LÁBIOS/LÍNGUA


Boceja

Cansado

Lábios contraídos

Com fome

Aparência de alguém que está gritando, sem produção de nenhum som: finalmente um suspiro procede um gemido audével

Gases ou outra dor

Lábio inferiro treme

Com frio

Suga a língua

Está se acalmando; às vezes é confundido com fome

Enrola a língua para os lados

Com fome; o clássico gesto de rotação

Enrola a língua para cima, como uma lagartixa; não é acompanhada de sucção

Gases ou outra dor

ROSTO


Careta, geralmente enrugada como uma bala mastigada; se está deitado, também começa a ofegar, mover os olhos e fazer uma expressao semelhante aum sorriso

Gases ou outra dor; está tendo um movimento intestinal

Vermelho; as veias das têmporas se destacam

Chorou demais, prendeu o fôlego; os vasos se expandem

MÃOS/BRAÇOS


As mãos são colocadas na boca, tentativa de sugá-las

Com fome, se não tiver comido há 2,5 ou 3 horas, caso contrário, apenas necessidade de sucção

Brinca com os dedos

Precisa de mudança de ambiente

Bate os braços e as de forma descoordenada, pode agarrar a pele

Muito cansado; está com gases

Balança os braços, ligeiro tremor

Gases ou outra dor

TORSO


Arqueia as costas, procurando o seio ou a mamadeira

Com fome

Contorce o corpo, movendo o bumbum de um lado para o outro

Fralda úmida ou frio; gases

Fica rígido

Gases ou outra dor

Tem calafrios

Com frio

PELE


Grudenta, suada

Superaquecido, ficou chorando por muito tempo, o que faz o corpo esquentar e expelir energia

Extremidades azuladas

Com frio, gases ou outra dor, ficou chorando por muito tempo (quando o corpo produz calor e energia, o sangue é drenado das extremidades)

Arrepiada

Com frio

PERNAS


Chutes fortes e descoordenados

Cansado

Encostadas no peito

Gases ou outra dor abdominal


OUTRAS FORMAS DE AVALIAÇÃO


CANSAÇO/MUITO CANSAÇO

Começa com uma inquietação mal-humorada, de frequência irregular, mas se não for interrompida imediatamente, passa ao choro qeu evidencia três gemidos curtos seguidos pos um gritinho alto; depois dois fôlegos curtos e um grito mais longo e alto. Geralmente, quando casados, os bebês choram sem parar e, se são deixados sozinhos, acabam pegando no sono.


O bebê pisca e boceja: se não for colocado na cama logo, os sinais físicos podem incluir arqueamento das costas, chutes e bater de braços; pode agarrar as orelhas e as bochechas ou arranhar o rosto (um reflexo); se estiver no colo, contorce o corpo e tenta virar-se na direção de quem o segura. Se continuar chorando, sua face ficará vermelha. Entre todos os choros, este é confundido com sinal de fome com frequência. Portanto, preste atençao ao momento em que ele ocorre – pode vir após a hora de brincar ou depois de alguém ter conversado com o bebê. A contorção pode ser confundida com cólica.

SUPERESTIMULAÇÃO

Choro longo e alto, semelhante ao do excesso de cansaço.


Bate braços e pernas; afasta a cabeça da luz; dá as costas para qualquer pessoas que tente brincar com ele.


Geralmente começa quando o bebê já brincou o bastante e o adulto continua tentando distraí-lo. Piora se você muda a posição do bebê, então ele fica cansado e precisa de uma soneca.

DOR/GASES

Som agudo inconfundível; grito muito alto que surge repentinamente; o bebê pode prender o fôlego entre os gritos e depois recomeçar.


O corpo está todo tenso e rígido, o que perpetua o ciclo, porque os gases não conseguem passar. O bebê tenta encostar os joelhos no queixo, o rosto se contorce em uma expressão de dor, a língua se enrola para cima, como de um lagato.

FOME

Som parecido com a tosse no fundo da garganta. Depois vem o promeiro grito, curto no começo, vai adquirindo um ritmo mais cadenciado (uáaaa. Uáaa, uáaa)


O bebê começa a lamber os lábios sutilmente e depois faz a “rotação”: a lingua sai da boca e ele gira a cabeça para os lados. Tenta colocar a mão na boca.


A melhor forma de discernir o choro de fome é verificar o horário da última mamada do bebê.

FRIO

Choro a plenos pulmões, com o lábio inferior tremendo.


Pele arrepiada; calafrios


Extremidades frias e a pele pode ficar azulada.

MUITO CALOR

Lamento inquieto, que faz o bebê ficar quente. Parece mais um ofego baixo e dura cerca de 5 minutos; se o bebê for deixado só, acabará caindo no choro.


Suado, pele avermelhada, ofega em vez de respirar regularmente; pode haver manchas vermlhas na face e no torso.


O escesso de calor é diferente da febre, na qual o choro se assemelha a ao de dor; a pele fica seca e não grudenta.

ONDE VOCÊ ESTAVA? EU PRECISO DE CARINHO!

O murmúrio de repente se transforma em uás curtos, que parecem com miados, o choro desaparece no instante em que o o bebê é pego no colo.


O bebê fica olhando ao redor procurando por você. Se você interpretar logo esse choro, talvez nem precise pegar o bebê no colo - uns tapinhas nas costar e uma palavra de confortoo fucionam melhor, porque estimulam a independência.

ALIMENTAÇÃO EXCESSIVA

Inquietação, até mesmo choro depois da mamada, frequentemente. Isso ocorre quando o sono e a estimulação excessiva são confundidos com fome.

MOVIMENTOS INTESTINAIS

Grunhidos ou choro durante a mamada. O bebê contorce o corpo e se aproxima de você; para de mamar; aparenta os movimentos intestinais.

Pode ser confundido com fome; a mãe geralmente pensa que “está fazendo algo errado com seu bebê”.